quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

EM FOCO

Jovens ignoram preservativo por não terem medo da aids, publica

ISTOÉ - 20/12/2010

20/12/2010 - 10h10



A revista ISTO É informa que a confiança no parceiro também influencia na realização do sexo sem CAMISINHA. Aponta, ainda, que a relação casual desprotegida está se tornando mais comum. Para o coordenador do Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS) no Brasil, Pedro Chequer, faltam campanhas publicitárias e abordagem do tema nas escolas.



Por que os jovens não usam CAMISINHA?



Apesar de mais bem-informada do que as outras gerações, os jovens de até 24 anos ignoram o PRESERVATIVO por não terem medo da AIDS e por confiarem no parceiro

Para começar, duas notícias, uma boa e uma ruim. A boa é que os jovens de até 24 anos compõem a faixa etária que mais usa PRESERVATIVO no Brasil. A ruim é que eles abandonam cada vez mais rápido o artefato de látex. A desistência da CAMISINHA acontece aos primeiros sinais de um relacionamento sólido. Segundo dados do Ministério da Saúde, 60% dos jovens usam a proteção na primeira relação e apenas 30% quando o parceiro se torna fixo.



O PRESERVATIVO também vem sendo deixado de lado no sexo casual. O descuido pode ser sentido no aumento em 2% no número de casos de AIDS nessa faixa etária em 2009. Embora tenha diminuído o número de infectados no geral, nas faixas entre 13 e 24 anos e acima de 60 anos, os casos cresceram.



"O grande problema que se enfrenta ainda hoje no que diz respeito à prevenção é que os adolescentes e jovens adultos só usam a CAMISINHA nas primeiras relações e, assim que ganham a confiança do parceiro, abandonam", destaca Pedro Chequer, representante da Unaids, braço da Organização das Nações Unidas (ONU) para a AIDS, no Brasil. "Para ajudar a piorar, o conceito de parceiro fixo mudou muito. Hoje os parceiros fixos mudam a cada mês." Essa confiança adquirida, que envolve um jogo silencioso de fidelidade e culpa, é o que Maria Helena Vilela, diretora do Instituto Kaplan, especializado em sexualidade, chama de "pseudoexclusividade". "Um acha que tem o outro sob controle por causa do amor e ainda acredita que a confiança é maior que os desejos e as oportunidades", destaca.



Estar distante dos relatos de estragos que a AIDS causou nos anos 80 e 90, quando milhares de pessoas, entre elas vários ídolos, morreram, colabora para que essa nova geração não tema contrair o vírus. A gravidez indesejada continua sendo a maior preocupação da moçada. "Tenho muito mais medo de engravidar e não ter certeza de quem é o pai do meu filho do que de pegar uma doença", conta a coordenadora de eventos O. F., 23 anos. "Doença todos estamos sujeitos a pegar, de outras formas, até do marido depois de casada. Não saber quem é o pai do seu próprio filho é uma doença moral." A jovem conta que a CAMISINHA é regra para relações com pessoas desconhecidas, mas, mesmo assim, já deixou escapar o uso algumas vezes. "Se o tesão fala mais alto e ninguém tem uma no bolso, vai sem mesmo. Ou, se o cara não consegue usar, faço sem para não deixá-lo mal." Quando isso acontece, ela apela para a PÍLULA DO DIA SEGUINTE.



Na adolescência, o uso do PRESERVATIVO é ainda mais complexo. Maria Helena Vilela conta que usar a CAMISINHA na iniciação sexual continua sendo um fantasma - especialmente para os meninos. "Eles não têm habilidade nem com a mulher nem com o preservaivo. De forma que, se na hora H, não der certo usar, vai sem proteção", diz. "E é da índole masculina correr riscos, contrair doenças, engravidar uma mulher, não é da índole deles brochar. Lidar com todo esse viés sociocultural é também o desafio", destaca ela, que coordena programas de capacitação de professores em escolas públicas e privadas. As meninas, por sua vez, com medo de perder o parceiro, cedem. Essa é uma das explicações para o fato de a faixa entre 13 e 19 anos ser a única na qual há mais mulheres soropositivas do que homens.



Com D. B., 24 anos, músico, aconteceu o contrário. Usar PRESERVATIVO era regra de ouro nos primeiros anos de sua vida sexual. Hoje, confessa que nem para o sexo casual ele se preocupa mais com a proteção. E ainda joga uma parcela de responsabilidade para as mulheres. "Às vezes são elas mesmas que pedem para tirar." Namorando há um ano e meio, ele diz que só usou CAMISINHA com a namorada nas duas primeiras vezes. Nos tempos em que era solteiro, só se lembrava de usar quando estava sóbrio. "Mas como quase nunca a gente está sóbrio em balada...", conclui, rindo. "Já fui dormir com medo de ter feito a maior besteira da minha vida, mas nunca fiz o teste de HIV. Acho que prefiro nem saber."



Os especialistas concordam que o fato de o Brasil ter controlado a epidemia de AIDS e de os soropositivos terem uma qualidade de vida maior contribui para que os jovens esqueçam a CAMISINHA na carteira. "Hoje, já não se investe mais em peças publicitárias. Se em 1999 foram veiculadas oito campanhas na tevê, hoje em dia são apenas duas por ano: no Carnaval e no Dia Mundial de Combate à AIDS", lamenta Pedro Chequer, que também é médico infectologista. Para o representante da ONU, a chave para a prevenção é a educação - é preciso abordar o tema cada vez mais cedo nas escolas. "Não adianta nada você ensinar essas coisas só no ensino médio, quando a maior parte já iniciou a vida sexual e quando muitos abandonaram o colégio", acredita. Afinal, só dizer que a CAMISINHA é a melhor prevenção não surte mais efeito, já que 97% dos brasileiros até 24 anos têm essa informação na ponta da língua. As estatísticas mostram que eles sabem, mas não seguem.

Fonte: ISTOÉ

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

DIREITOS



HOJE 10 DE DEZEMBRO DE 2010.
No Dia Internacional dos Direitos Humanos o governo brasileiro tomou duas medidas que pretendem ajudar no combate à discriminação contra homossexuais. A primeira delas foi oficializar a política de estender os benefícios da Previdência Social a companheiros de homossexuais. A segunda, publicar finalmente o decreto que regula a criação do Conselho Nacional de Combate à Discriminação (CNCD).

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A determinação de estender as pensões em caso de morte para parceiros de homossexuais foi feita através de um decreto do Ministério da Previdência e altera a base de reconhecimento de uniões estáveis do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Atualmente, o instituto admite a união estável, mas apenas para casais heterossexuais. A concessão de pensão já ocorria, mas apenas porque tinha como base uma liminar da Justiça Federal, que poderia cair a qualquer momento.

Para comprovar o relacionamento os casais terão que apresentar os mesmos documentos de um casal heterossexual: a declaração de Imposto de Renda com o beneficiário constando como dependente, declaração especial feita em cartório ou conta bancária conjunta.

Já o Conselho, ligado diretamente à Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), tem a missão de formular políticas para o governo federal que ajudem no combate à discriminação de homossexuais. O conselho terá 30 integrantes, sendo que 15 serão do próprio governo e outros 15 representantes da sociedade civil, indicados por entidades sem fins lucrativos, incluindo organizações de defesa dos homossexuais, entidades científicas que desenvolvam estudos sobre essa população, entidades de classe e sindicatos que tenham atuação nessa área.

O papel do CNCD é apenas consultivo para o governo, mas foi uma das sugestões da 1ª Conferência Nacional de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais, realizada este ano, em Brasília. Em um período em que os ataques a homossexuais têm aparecido com frequência pelo País - especialmente em São Paulo - a SEDH acredita que a atuação do novo conselho tem importância especial. Os conselheiros deverão ser indicados em até 90 dias

PIADAS>RESPOSTA DE UMA SEXÓLOGA MUITO ÚTIL P/ SEU CONTROLE‏

RESPOSTA DE UMA SEXÓLOGA MUITO ÚTIL P/ SEU CONTROLE‏
Muita cultura junta!!!! Aprendizado surpreendente!!!! rs rs rs
RESPOSTA UMA SEXÓLOGA MUITO ÚTIL ‏
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> Drª. Lúcia, a sexóloga com tolerância zero!!! Responde as dúvidas de
> ouvintes em uma estação de rádio ao vivo !
>
>
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>Ouvinte: - Bom dia Dr.a Lúcia! Meu nome é Júlia. É verdade que a gente
> pode engravidar em um banheiro público?
> Drª.Lúcia: - Sim! Acho melhor você parar de trepar lá!
>
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> Ouvinte: - Bom dia Dr.a Lúcia! Aqui é a Geisy e eu queria saber porque a
> fantasia dos homens é transar com nossa melhor amiga?
> Drª.Lúcia: - Nada disso! A fantasia deles é comer sua irmã mais nova, ou
> a mais velha, ou a do meio, ou a sua prima. A melhor amiga também, ou
> qualquer outra amiga...
>
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> Ouvinte: - Bom dia Dr.a Lúcia! Eu sou a Vera e queria saber porque os
> homens vão embora logo depois de transar com a gente no primeiro
> encontro?
> Drª.Lúcia: - Porque o encontro acabou. Caso contrário, seria casamento!
>
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> Ouvinte: - Bom dia Dr.a Lúcia! Me chamo Luciane e eu tenho um amigo que
> quer fazer sexo comigo, mas ele tem um pênis de 20cm. Acho que vai ser
> doloroso, o que faço?
> Drª.Lúcia: - Manda ele pra cá que eu testo pra você!!
>
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>
> Ouvinte: - Bom dia Dr.a Lúcia! Eu sou a Rosa e eu queria um conselho!
> Como faço para seduzir o rapaz que eu amo?
> Drª.Lúcia: - Tire a roupa! Se ele não te agarrar, caia fora que é gay!
>
>
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>
> Ouvinte: - Bom dia Dr.a Lúcia! Terminei com meu ex porque ele é muito
> galinha e agora estou com outro. Mas ainda gosto do ex e as vezes ainda
> fico com ele! O que devo fazer?
> Drª.Lúcia: - Quem é mesmo a galinha nesta história?
>
>
> _________________________________________________________________________
> _________
> Ouvinte: - Bom dia Dr.a Lúcia! Aqui é a Rose e eu queria saber porque os
> homens se masturbam mesmo quando são casados?
> Drª.Lúcia: - Minha amiga...jogo é jogo...treino é treino!
>
>
> _________________________________________________________________________
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> Ouvinte: - Bom dia Dr.a Lúcia! Quero saber se a primeira vez dói. Tenho
> 21 anos e ainda não transei porque tenho medo de doer e não aguentar...
> Drª.Lúcia: - Dói tanto que você vai ficar em coma e nunca mais vai
> levantar!... Deixa de ser fresca e dê de uma vez...ô Cinderela!
>
>
> _________________________________________________________________________
> _________
>
> Ouvinte: - Bom dia Dr.a Lúcia! Aqui é a Bruna! Eu queria saber se posso
> tomar anticoncepcional com diarréia...
> Drª.Lúcia: - Olha...eu tomo com água, mas a opção é sua!
>
>
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> Ouvinte: - Bom dia Dr.a Lúcia! Me chamo Jeferson e eu gostaria de saber
> como faço pra minha esposa gritar por uma hora depois do sexo!!!
> Drª.Lúcia: - Limpe o pau na cortina!
>
>
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> Ouvinte: - Bom dia Dr.a Lúcia! Sou virgem e rolou pela primeira vez um
> lance de fazer sexo oral. Terminei engolindo o negócio e quero saber se
> corro o risco de ficar grávida. Estou desesperada!!!
> Drª.Lúcia: - Claro que corre o risco de ficar grávida! E a criança vai
> sair pelo seu ouvido!
>
>
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> Ouvinte: - Bom dia Dr.a Lúcia! Meu nome é Suzi e eu gostaria de saber
> qual a diferença entre uma mulher com TPM e um pitbull?
> Drª.Lúcia: - O batom, minha filha!
>
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>
> Ouvinte: - Bom dia Dr.a Lúcia! Aqui é o Sílvio e eu gostaria de saber
> porque esses furacões recebem o nome de mulheres?
> Drª.Lúcia: - Porque quando eles chegam são selvagens e molhados e, quando
> se vão, levas sua casa e seu carro junto com eles!
>
>
> _________________________________________________________________________
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> Ouvinte: - Bom dia Dr.a Lúcia! Aqui é o Fred! Me tire uma dúvida...o que
> são aquelas saliências ao redor dos mamilos das mulheres?
> Drª.Lúcia: - É Braile e significa "chupe aqui"...
>
>
> _________________________________________________________________________
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>
> Ouvinte: - Bom dia Dr.a Lúcia! Quero saber como enlouquecer meu namorado,
> só nas preliminares.
> Drª.Lúcia: - Diga no ouvidinho dele..."minha menstruação está atrasada"!
>
>
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>
> Ouvinte: - Bom dia Dr.a Lúcia! Sou feia e pobre. O que devo fazer para
> alguém gostar de mim?
> Drª.Lúcia: - Ficar bonita e rica!
>
>
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> __________________
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> Ouvinte: - Bom dia Dr.a Lúcia! Aqui é a Jaque! É o seguinte...o cara com
> quem estou saindo é muito legal, mas está dando sinais de ser alcoólatra.
> O que eu faço?
> Drª.Lúcia: - Não deixe ele dirigir!
>
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> Ouvinte: - Bom dia Dr.a Lúcia! Aqui é o Gabriel, me diga, porque não se
> pode confiar nas mulheres?
> Drª.Lúcia: - Como alguém pode confiar em algo que sangra por cinco dias e
> não morre?
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> Ouvinte: - Bom dia Dr.a Lúcia! Aqui é a Léia, me diga, porque as mulheres
> esfregam os olhos de manhã, quando acordam?
> Drª.Lúcia: - Porque elas não tem um saco para coçar!
>
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> Ouvinte: - Bom dia Dr.a Lúcia! Porque os homens adoram transar por trás?
> Drª.Lúcia: - Para poder continuar assistindo tv e tomar cerveja sem que
> vocês veja!!
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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

HOMOFOBIA EM PLENO SÉCULO 21



Demonstrando uma excepcional capacidade de se superar (naquilo que tem de pior, ou seja, tudo), o Deputado Jair Bolsonaro soltou mais uma pérola de extremo mal gosto no Programa CQC desta segunda-feira (29/11). Ao ser indagado sobre a decisão do Papa à respeito do uso da camisinha, o Deputado colocou para fora todo o seu preconceito afirmando que é errado o governo gastar dinheiro fornecendo camisinhas e remédios para as pessoas que, deliberadamente se expõem aos riscos da Aids (gays, prostitutas etc...), afirmando, com todas as palavras, que quem procura esses problemas que se vire com ele.

Para conhecer um pouco mais o deputado e suas ideias nazist..., digo, radicais e reacionárias, consultem o site abaixo. Antecipo que é de assustar.

http://www.bolsonaro.com.br/jair/



FOLHA DE S. PAULO - SP | COTIDIANO

LGBT

26/11/2010



Palmada muda filho "gayzinho", declara deputado federal

DE SÃO PAULO - O deputado federal reeleito Jair Bolsonaro (PP-RJ) disse que pais precisam agredir um filho HOMOSSEXUAL para mudar seu comportamento.



A "receita" foi dada no programa "Participação Popular", na TV Câmara, que discutiu a "Lei da Palmada" -projeto de lei que proíbe punição corporal às crianças.



"Se o filho começa a ficar assim, meio gayzinho, [ele] leva um couro e muda o comportamento dele", afirmou.



Bolsonaro faz parte da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados.



Ouvido pela Folha, ele manteve sua posição.



"Se o garoto anda com maconheiro, ele vai acabar cheirando, e se anda com gay, vai virar boiola com toda certeza", disse Bolsonaro.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

HOMOFOBIA EM PLENO SÉCULO 21


Homossexuais de Comunidades Ocupadas Acusam PMs de Agressão
POR MAHOMED SAIGG, RIO DE JANEIRO

Rio - Perseguidos por sua orientação sexual, nem mesmo os gays, lésbicas e travestis que moram nas favelas ocupadas pela Polícia Militar no Rio de Janeiro estão livres da homofobia. Assim como acontece nas comunidades dominadas pelo tráfico e pela milícia, o preconceito ainda impera nessas regiões. Em todas, eles são obrigados a seguir uma espécie de ‘manual do bom comportamento’, que determina o que podem e o que não podem fazer. Entre as restrições: usar roupas curtas e decotadas, namorar em público e exagerar no consumo de álcool e no uso de maquiagem e acessórios, como brincos e pulseiras. Manter um comportamento discreto também faz parte das exigências.

Cerceados, muitos homossexuais se desesperam. “Não aguento mais tanta repressão. Não consigo mais ser eu mesmo! Antes da ocupação, também tínhamos problemas, mas agora a situação piorou muito, porque com a polícia não tem conversa, estamos sempre errados”, reclama o cabeleireiro Vando Silva, 20 anos. Morador do Morro Santa Marta, em Botafogo, ele garante já ter sido agredido por policiais. “Eles me bateram porque disseram que ‘veado’ tinha que morrer”, denuncia.

Assim como Vando, a travesti Kelly Sanches, 23, também reclama do comportamento dos policiais que ocupam o Santa Marta. “Eles são tão preconceituosos quanto os traficantes. A diferença é que são mais abusados. Aproveitam a ‘autoridade’ que têm para abusar da gente. Principalmente durante as revistas, onde aproveitam para passar a mão na bunda e no peito da gente”, acusa Kelly.

Douglas Ribeiro, 18, é outro gay que garante ter sido espancado por PMs na favela. “Eu ia para uma festa e vi uma briga na descida do morro. Quando os policiais chegaram, os caras já tinham fugido. Aí os policiais vieram pra cima de mim dizendo que a culpa era minha. Eles usaram até cassetete. E, enquanto me batiam, diziam que aquilo era para eu aprender a virar homem”, detalhou Douglas.

Popular entre os moradores do Dona Marta, a comerciante Grazielle Santos, 22, é outra que engrossa a lista de reclamações contra os PMs da Unidade Pacificadora da comunidade. Lésbica, ela diz que o fato de já ter tido várias namoradas irrita alguns PMs que, por ‘ciúmes’, acabam a agredindo por isso.

“Eles ficam me ameaçando dizendo que vão acabar comigo, que eu nunca vou ter o que eles têm, e que não entendem como posso conseguir tantas garotas. Agem como se estivessem com inveja de mim porque saio com meninas em que talvez estejam interessados. Eu me sinto mal com tudo isso. Afinal, eles estão no comando por aqui, e podem fazer o que bem quiserem, né!”, lamenta Grazielle.
RIO SEM HOMOFOBIA

Superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria Estadual de Direitos Humanos, o ativista Cláudio Nascimento lembra que a homofobia está presente em toda a sociedade. Mas admite que, nas favelas, ela é mais violenta do que no asfalto. “Dentro da comunidade LGBT, esse grupo é a ponta de lança dos setores mais excluídos. Além de serem homossexuais, ainda vivem numa situação de exclusão econômica e social, o que os coloca num caldeirão de opressão”.

Na tentativa de acabar com a discriminação e o preconceito no estado, o governo criou uma câmara técnica para elaborar o Programa Rio Sem Homofobia. Reunindo 12 secretarias, ele prevê a criação do ‘Disque Cidadania LGBT’, de Centros Regionais de Referência LGBT, Núcleos de Monitoramento Técnicos de Crimes Homofóbicos e SOS Saúde LGBT, entre outras ações. A previsão é que todas sejam implantadas até 2014.

Associação do Morro Promete Investigar
Presidente da Associação de Moradores do Morro Santa Marta, José Mario Hilário condenou a homofobia na comunidade. “Isso não pode acontecer aqui. Não podemos aceitar que exista preconceito no nosso morro. Temos que garantir a liberdade de gênero”, declarou ele, que prometeu se reunir com os homossexuais da favela para discutir o problema e ouvir queixas.

Comandante da Companhia de Policiamento Comunitário do Morro Santa Marta, a capitã Pricila de Oliveira ficou surpresa com as denúncias de abuso e preconceito contra os policiais. “Nunca recebemos reclamações de abusos ou atitudes homofóbicas cometidas pelos policiais. Todos foram orientados a respeitar os moradores da comunidade”, afirma a oficial. “A opção sexual não aumenta as suspeitas contra nenhum cidadão”, completa a capitã Pricila.

Julgamento Severo a Quem Desrespeita

A punição para quem não segue as rígidas regras impostas por traficantes ou milicianos é pesada. Em alguns casos, fatal. Vítima dessa violência, a transgênera Carla, 39 anos, pagou alto preço por desrespeitar as normas impostas por traficantes do Morro do Dendê, na Ilha do Governador.

Vaidosa, ela conta que sempre gostou de se maquiar e usar roupas curtas e decotadas. “Mas esse meu jeito irritou os traficantes, que mandaram me dar uma surra. Usaram até pedaços de pau. Quebraram meus braços. Só não me mataram porque um taxista ameaçou chamar a polícia”, conta Carla, que traz no corpo as marcas da agressão.

Moradora de uma comunidade controlada pela milícia, na Zona Oeste do Rio, a jovem Denise, 18, que é lésbica, também escapou da morte por pouco. Depois de ter sido ‘descoberta’, ela passou a ser perseguida pelos milicianos. “Esse pesadelo só acabou depois que eu fugi da favela. Mas antes me bateram muito e tentaram estuprar minha namorada”, lembra Denise.

Antiga reivindicação dos militantes LGBT, o projeto de lei que criminaliza a homofobia no Brasil foi aprovado na Câmara dos Deputados, em Brasília, em novembro de 2006. Encaminhado para o Senado Federal, o texto passou pela Comissão de Direitos Humanos, de onde foi encaminhado para a Comissão de Assuntos Sociais em fevereiro de 2007. Apesar do tempo, ele continua parado, sendo analisado pelos senadores.
AMANHÃ: homofobia aumenta a evasão nas escolas do Rio

Fonte: http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2009/9/pacificacao_ainda_nao_pos_fim_a_homofobia_33601.html

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

EM FOCO



Pílula de Uso Diário Reduz em 72,8% Contaminação Pelo Vírus da Aids

Um comprimido diário, que combina dois medicamentos antirretrovirais, reduziu em 43,8% as infecções por HIV em homens que fazem sexo com homens. O índice de proteção chegou a 72,8% entre aqueles que tomaram o remédio em 90% dos dias. Os resultados fazem parte da pesquisa Iniciativa Profilaxia Pré-Exposição (iPrEx), que acompanhou 2.499 voluntários em 6 países - 350 deles no Brasil.

Esse é o primeiro trabalho que demonstra a eficácia de um medicamento oral de uso diário para evitar a infecção pelo vírus da aids. "É um divisor de águas no combate à epidemia de HIV", afirmou o infectologista Mauro Schechter, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, coautor do artigo publicado pelo New England Journal of Medicine.

Os cientistas acompanharam os pacientes por três anos em centros dos Estados Unidos, da África do Sul, da Tailândia, do Equador e do Peru, além do Brasil. No período, 100 pacientes contraíram o HIV - 64 dos infectados faziam parte do grupo de 1.248 pessoas que receberam placebo; 36 estavam entre os 1.251 que tomaram o comprimido Truvada, do laboratório Gilead Sciences, que combina o tenofovir e a emtricitabina, esta ainda sem registro no Brasil.

Dez voluntários foram excluídos porque contraíram o vírus no período entre a entrevista para ingressar no estudo e a primeira dose do medicamento. Houve registro de efeitos colaterais, como desconforto gástrico e náuseas, mas em pequena escala.

"A pesquisa mostra que, se a pessoa toma o remédio, funciona. Não temos como saber se a pessoa tomou o comprimido diariamente; levamos em conta o que o voluntário relata. Mas os exames de sangue feitos em um grupo de pacientes mostraram que, entre aqueles que tinham o medicamento no organismo, a redução da infecção foi de 92%", afirma Mauro Schechter.

Os voluntários receberam o que é considerado o melhor pacote de prevenção - aconselhamento, preservativos, acompanhamento psicológico e tratamento para doenças sexualmente transmissíveis, além do medicamento. "A gente sabe que o medicamento foi eficaz porque, apesar de toda a informação, nem todos usaram o preservativo, ou a infecção por HIV teria sido zero. Além disso, eles foram testados para sífilis, gonorreia e hepatite B e alguns contraíram DSTs", afirma o infectologista Esper Kallás, da USP, também coautor da pesquisa.

Prevenção. O auxiliar de enfermagem Fábio Paulo Santana, de 37 anos, foi um dos voluntários. "A mensagem mais importante que recebemos é que um método não exclui o outro. A prevenção tem de ser do remédio com o preservativo. É mais uma ferramenta", afirmou Santana, que fez o acompanhamento na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), terceiro grupo brasileiro que atuou na pesquisa.

Santana disse que fez questão de contar para a família, amigos e colegas de trabalho que era voluntário da pesquisa. "Tomava todos os dias pela manhã, com a minha avó. Ela tomava o anti-hipertensivo e eu, o remédio da pesquisa", contou. Ele ficou frustrado por não saber se fez parte do grupo que tomou o remédio ou do que recebeu o placebo. O dado só será divulgado em março de 2011.

Tanto Kallás quanto Schechter reconhecem que é difícil garantir a adesão do paciente ao tratamento. "As pessoas deixam de tomar o remédio por esquecimento, por distração. Esse é o grande obstáculo desse tipo de intervenção. Esse trabalho comprova que pode haver prevenção do HIV por medicamento, mas outros estudos são necessários: combinação de outras drogas, esquemas intermitentes, com mulheres, com usuários de drogas", afirmou Kallás.

O diretor do departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Dirceu Greco, comemorou o resultado do trabalho, mas ressaltou que é preciso cautela. "Houve eficácia no ensaio clínico, com acompanhamento adequado. Por outro lado, precisamos discutir se o caminho é medicalizar a prevenção, quando o método mais eficaz é o preservativo", afirmou.

Ele lembrou ainda que o medicamento combinado é muito caro - o tratamento para um paciente nos EUA custa US$ 12 mil por ano. E afirma que o Brasil já tem a lamivudina, com efeito equivalente à emtricitabina e custo mais baixo. O laboratório fez o requerimento de registro da emtricitabina no País, mas o processo ainda está em análise.
O iPrEx reuniu 900 pesquisadores em 11 centros de estudos, sob a coordenação da Universidade da Califórnia, em São Francisco. A pesquisa recebeu financiamento do governo americano e da Fundação Bill e Melinda Gates. O laboratório Gilead Sciences doou os medicamentos.

REAÇÕES
Michel Sidibe - Presidente da Unaids "É um avanço que acelerará a revolução da prevenção."
Phill Wilson - Instituto Black Aids "É uma forma de proteção que não necessita da permissão do outro parceiro, e isso é importante."
Kevin Fenton - Divisão de aids do CDC "Os resultados são encorajadores, mas ainda não é hora de os homossexuais jogarem fora seus preservativos."
Chris Collins - Fund. Pesquisa em Aids "Se o paciente adere ao tratamento, ele funciona realmente muito bem."

CRONOLOGIA

Março de 1987
O FDA, órgão de vigilância sanitária dos Estados Unidos, aprova a primeira droga para combater o HIV: o AZT. O medicamento impede a reprodução do vírus nas células humanas, mas causa efeitos adversos como a anemia.
1997
Surge a terapia antirretroviral altamente ativa (Haart, na sigla em inglês), que reúne vários remédios. A adoção de mais de uma droga em um coquetel de medicamentos diminui o surgimento de vírus resistentes. Uma vacina contra a aids diminuiu o risco de infecção. Cientistas combinaram duas vacinas que haviam fracassado antes. Mas, em fevereiro deste ano, os pesquisadores disseram que a proteção dura apenas 12 meses.
Julho de 2010
Um gel de aplicação vaginal foi eficaz contra o vírus da aids. Segundo o estudo sul-africano, mulheres que usaram o produto, que leva 1% do antirretroviral tenofovir, tiveram uma redução de 54% na incidência de infecção.

Fonte: O Estado de S. Paulo

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

EM FOCO


ATENÇÃO: As notícias do clipping são atualizadas em tempo real. Para acompanhar a inclusão de textos ao longo do dia, basta acessar o site www.linearclipping.com.br/dst DO MINISTÉRIO DA SAÚDE DO BRASIL



O Clipping de Notícias do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais é uma seleção de reportagens, entrevistas, artigos, cartas e demais conteúdos disponíveis em jornais e sites sobre assuntos ligados à temática das DST, aids e sexualidade. Os textos são a reprodução do que é divulgado na imprensa internacional e nacional e não representam necessariamente a opinião do Departamento, que divulga todos os conteúdos de forma transparente e isenta. A sinopse é o resumo dos textos considerados novos ou relevantes para o público interessado nos temas deste clipping. Boa leitura.



Destaques desta edição:



22.11.10



UNAIDS ELOGIA POSICIONAMENTO DO PAPA SOBRE CAMISINHA E VATICANO RELATIVIZA DECLARAÇÕES

O assunto do dia na imprensa nacional e internacional é a repercussão das declarações do Papa Bento XVI de que a camisinha é aceita em certos casos. O diretor-executivo do Programa das Nações Unidas sobre HIV e Aids, Michel Sidibe, comemorou o novo posicionamento. "A declaração reconhece que um comportamento sexual responsável e o uso de preservativos têm papel importante na prevenção do HIV", disse. O Vaticano assegurou que as declarações de Bento XVI não são "uma mudança revolucionária" na doutrina da Igreja, e sim uma "visão compreensiva" para conduzir a humanidade "rumo ao exercício responsável da sexualidade".
FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE DO BRASIL
www.linearclipping.com.br/dst

EM FOCO


Robôs do sexo começam a se espalhar pelo mundo

Sex, 19 Nov - 17h48

Recomendar!


Quem vai querer uma?
Por Daniel Pavani
A indústria sexual também gosta de tecnologia e uma prova disso são os robôs do sexo que estão começando a cair no gosto de pessoas por todo o mundo.
Em janeiro de 2010, o site Crunch Gear contou sobre o inventor americano, Douglas Hines, que apresentou a Roxxxy, uma robô capaz de fazer sexo e até mesmo simular um orgasmo (!). Uma rápida busca no YouTube resulta em diversos vídeos sobre a robô, mas neste link há uma entrevista com o inventor da Roxxxy que vale a pena conferir.
Agora, parece que a moda pegou e outro americano, Scott Maclean, desenvolveu seus próprios robôs - a Suzie Software e o Harry Harddrive - segundo conta o jornal The Sun . Scott afirma que recebeu inúmeras propostas de compra de pessoas no Reino Unido e mais países da Europa e Ásia. Ele ainda conta que muitos pedem para que ele faça robôs parecidos com celebridades, como Angelina Jolie, Pamela Anderson e Michael Jackson. O inventor, porém, afirma que não pode fazer isso sem o consentimento dos artistas.
Os robôs de Scott possuem um preços previsto de cerca de R$ 5mil. Porém, ao contrário da Roxxxy, eles não falam. Neste aspecto, a robô de Hines pode ser considerada mais completa. Além de simular o orgasmo, ela fala, reage ao toque e possui 5 modos de operação, inclusive um selvagem.
A Roxxxy está a venda no site Truecompanion.com (apenas para maiores de 18 anos), pelo valor de U$ 1499 (cerca de R$ 2500), com envio para o Brasil. O interessante mesmo é imaginar este item tão peculiar chegando em casa pelo correio – ou passando pela alfândega.

FONTE:SITE YAHOO

sexta-feira, 22 de outubro de 2010